sexta-feira, 27 de maio de 2011

Literatura Infantil Adaptada

O SAEDE (Serviço de Apoio Educacional Especializado) da Escola de Educação Básica Joaquim Nabuco, atende os alunos Fernando Antunes (Baixa visão) e Samara Pierog (Cega) que estão concluindo o curso de Magistério no Colégio Costa e Silva.
Uma das atividades desenvolvida foi a adaptação de livros de literatura para deficientes visuais. Trabalhando com diferentes texturas e escrita em Braile, as adaptadoras e professoras do SAEDE, Claudete Dall’Agnol e Marilde Eckert, confeccionaram os livros A Casinha de Ziraldo e o livro A Vaquinha Mumu adaptado por Fernando a partir do livro O Patinho Quá-quá.
A adaptação dos livros de literatura infantil busca disponibilizar para crianças cegas condições de autonomia na manipulação dos livros, socialização com as letras para que estas possam desenvolver a linguagem escrita. O uso das texturas é intencional para diferenciar as formas e expandir as possibilidades de ensino com estimulação de outros sentidos. Como citado por Vivian de Oliveira Preto,
“...torna-se necessário e fundamental proporcionar às crianças cegas experiências tão ricas quanto às crianças que enxergam, ou seja, oferecer vivências por meio de outros sentidos de modo que a criança possa interagir com o mundo e com os objetos à sua volta. Daí a importância da adaptação de materiais e objetos para as crianças cegas, como por exemplo, o livro de literatura infantil.” [PRE, 2009).

O trabalho de dissertação de Vivian de Oliveira Preto sobre Adaptação de Livros de Literatura Infantil para alunos com Deficiência visual pode ser conferido em http://www.marilia.unesp.br/Home/Pos-Graduacao/Educacao/Dissertacoes/preto_vo_me_mar.pdf . Acessado em 03/05/2011.

As fotos dos livros você encontra em  Livros Adaptados.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Dimensão Pedagógica

 Compreende-se que a concepção de escola se fundamenta no reconhecimento das diferenças humanas e na aprendizagem centrada nas potencialidades dos alunos e não na imposição de rituais pedagógicos preestabelecidos que acabam por legitimar as desigualdades sociais e negar a diversidade. Nessa perspectiva, a escola deve responder às necessidades educacionais especiais de seus alunos considerando a complexidade e heterogeneidade dos educandos e, consequentemente, os ritmos de aprendizagem. Para tanto, é necessária uma nova estrutura organizacional, com currículos flexíveis, modificações organizacionais, estratégias teóricas metodológicas eficientes, recursos e parcerias com a comunidade. (Alves, 2006)
A Educação Especial, como modalidade da educação básica, responsável também pelo atendimento educacional especializado, organiza-se de modo a considerar a aproximação dos pressupostos teóricos à prática da educação inclusiva, a fim de cumprir dispositivos legais, políticos e filosóficos.
 A inclusão de pessoas com necessidades especiais na escola comum requer que se busquem meios para beneficiar sua participação e aprendizagem tanto na sala de aula como no atendimento educacional especializado. (Silva 2007)
 Nesta perspectiva, o Serviço de Atendimento Educacional Especializado – SAEDE é caracterizado por:
- ser uma modalidade de atendimento empreendida pela escola no sentido de oferecer o suporte necessário aos educandos com deficiência para o acesso ao conhecimento;
- possibilitar novas oportunidades ao educando de lançar mão de outros sentidos e experiências, para elaborar o saber escolar, sendo que o professor não deverá repetir os mesmos procedimentos ou atividades que são realizadas em sala de aula do ensino regular;
- ser um conjunto de procedimentos e instrumentos específicos, mediadores do processo de apropriação e produção de conhecimentos do aluno com deficiência.
O serviço de atendimento educacional especializado se caracteriza por ser uma ação de sistema de ensino no sentido de acolher a diversidade ao longo do processo educativo, constituindo-se num serviço disponibilizado pela escola para oferecer o suporte necessário às necessidades educacionais dos alunos, favorecendo seu acesso ao conhecimento.

Estrutura e Funcionamento

O Serviço de Atendimento Educacional Especializado é uma atividade de caráter pedagógico por profissional da Educação Especial voltado para o atendimento das especificidades dos alunos com deficiência conforme segue:
- Os alunos da Educação Infantil serão atendidos preferencialmente no período oposto e, dependendo das condições da criança, no mesmo período de freqüência na instituição de Educação Infantil;
- Os alunos do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Modalidades da Educação Básica serão atendidos obrigatoriamente no período oposto ao da frequência no Ensino Regular.

Deficiência Mental 
            Os atendimentos devem acontecer no mínimo duas vezes por semana, com carga horária de 90 minutos e conforme a necessidade. 
Cego
            Os atendimentos devem acontecer por sessões de no máximo duas horas diárias, no mínimo duas vezes por semana e no máximo dois alunos com o mesmo grau de desenvolvimento global. 
Baixa-visão
            O atendimento será de no mínimo duas vezes por semana, com sessões de uma hora diária e voltado para o desenvolvimento da eficiência visual do aluno. 
Surdo e Deficiente Auditivo
            Os atendimentos são realizados por sessões de no máximo quatro horas, em grupos de no máximo quatro alunos, organizados segundo a etapa da educação e modalidades da Educação Básica.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Histórico do SAEDE

A sala de recursos iniciou suas atividades junto à Escola Especial Helena Adms Keller por volta do ano de 1978, tendo sido transferida em 1982 para o Coégio Presidente Artur da Costa e Silva, permanecendo até o ano de 1984, quando passou a funcionar na escola João Winckler.
Em 1987 a Câmara Junior em parceria com a Prefeitura Municipal construiu no terreno do colégio Joaquim Nabuco uma estrutura física de 89m², compreendendo 5 (cinco) salas e 2 (dois) sanitários. Atualmente contamos com uma estrutura de 5 (cinco) salas, 2 (dois) banheiros, sala Pedagógica, sala informatizada.
 Este serviço é extensivo às pessoas com necessidades educacionais especiais, ou seja: cegos, baixa visão, surdo, deficiente auditivo, surdo – cegueira, deficiente mental e condutas típicas (TDH e TGD).
Atuam 03 (três) educadores e 01 (uma) Instrutora de Libras todos habilitados e remunerados pela Secretaria de Estado da Educação Ciência e Tecnologia.
Quanto à assessoria pedagógica esta vinculada a Fundação Catarinense de Educação Especial, SED e Unidade Escolar. No que se refere a materiais pedagógicos e equipamentos, a escola tem oferecido na medida do possível.